Aumento no preço de alimentos e remédios é bastante sentido pela população, diz pesquisa

O aumento no preço de alimentos e remédios é algo que vem sendo bastante sentido pela população. É o que aponta uma pesquisa de opinião feita pelo Paraná Pesquisas, cujos resultados foram divulgados nesta segunda-feira (21). Nove em dez pessoas que foram a algum supermercado nos últimos 30 dias afirmaram que os preços aumentaram – dessas, mais de seis relataram que os preços “aumentaram muito”.

Do total de entrevistados, 4,6% das pessoas disseram que os preços permaneceram iguais e somente 1,4% declararam que o valor dos produtos diminuiu.

No recorte por gênero, as mulheres foram as que mais sentiram que os preços “aumentaram muito”: 71,4% ante 59,9% dos homens. Contudo, o público masculino foi que mais declarou que houve aumento (32,1% contra 22,3%). Contudo, no somatório, é possível perceber que homens e mulheres sentem o efeito dessa inflação no bolso.

No ano passado, a inflação oficial (medida pelo IPCA) foi de 4,52%, entretanto, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) – indicador que é utilizado como referência para a correção do valor de contratos e do preço do aluguel – registrou uma alta acumulada de 23,14%. Para este ano de 2021, o mercado projeta uma inflação ainda maior. A última projeção do IPCA é de 5,9%. Já o IGP-M já acumula uma alta de 14,39% somente nos cinco primeiros meses de 2021.

Medicamentos mais caros

O mesmo pode ser dito em relação ao preço de medicamentos, cujo Governo Federal autorizou um reajuste de até 10,08% nos preços para este ano. Do total de pessoas que compraram medicamentos nos últimos 30 dias, 77% relataram que os preços subiram, sendo que 43% dos entrevistados afirmaram que os valores “aumentaram muito”. Outros 18% declararam que os preços permaneceram iguais e apenas 1,4% (índice abaixo da margem de erro) disseram que houve redução nos valores.

Neste quesito, o recorte etário mostra que o aumento no preço dos medicamentos afeta as pessoas de maior idade. Quase nove entre dez idosos relatam aumento nos preços ante quase sete entre dez pessoas jovens ou adultas.    

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