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Iema realiza mutirão de limpeza no Arquipélago das Três Ilhas

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) realizou, nessa quinta-feira (16), um mutirão de limpeza do Arquipélago das Três Ilhas. A ação contou com a participação de servidores, voluntários e empresas parceiras, que recolheram lixo tanto da parte terrestre quanto da parte marinha do arquipélago, que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba.

O local encanta a quem visita e tem grande visitação de turistas, principalmente no Verão. Mas, como infelizmente muitos não recolhem o lixo que produzem durante o passeio, os participantes do mutirão percorreram as trilhas das ilhas principais realizando a limpeza. Houve também a limpeza submarina, realizada por um grupo de mergulhadores.

Organizado pelo Iema, o mutirão teve o apoio e a parceria da escola de mergulho Acquasub, do Instituto Amigos do Mar, da Acqua Ambiental, do Amigos da Jubarte e do Instituto Orca.

“É muito importante ter a participação de todos aqui. O Arquipélago das Três Ilhas é um ativo que não é do Estado, é do povo. E a sociedade cuida melhor quando percebe isso. Essa é uma iniciativa que ajuda a gerar esse valor. Muito obrigado a todos por estarem aqui com a gente, cuidando das ilhas”, destacou o diretor-presidente do Iema, Alaimar Fiuza.

Durante o mutirão, também foi realizada a soltura de uma tartarura que estava em tratamento no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) do Iema.

Regras de Uso

Para quem for visitar o Arquipélago das Três Ilhas, é importante se atentar às regras de uso do local. Todos são bem-vindos para desembarcar e conhecer as ilhas, tomar banho de mar, relaxar e curtir a tranquilidade da natureza, ou ainda para praticar snorkeling ou mergulho contemplativo. Entretanto, devem respeitar as regras básicas: não pescar, não acampar, não usar fogo, seja em fogueiras ou churrasqueiras, e não deixar lixo no local. 

“Por ser uma área de preservação com a maior biodiversidade de peixes recifais do Brasil, é importante respeitar as regras de uso do arquipélago, que ajudam a garantir que a fauna e flora locais continuem existindo”, disse Sandra Ribeiro, servidora do Iema.

A área de proibição abrange o polígono que engloba as ilhas de Guarema, Leste-Oeste, Guanchumbas, Cambaião e Quitongo, iniciando a uma distância de 100 metros cada uma dessas ilhas. Nessa faixa, todos os tipos de pesca são proibidos, desde a pesca subaquática, pesca com linha de mão, vara ou molinete, realizadas a partir do costão rochoso ou de embarcações, incluindo a modalidade de pesque e solte. 

A intenção de restringir a pesca nessa área é garantir um espaço que sirva de criadouro natural, onde os indivíduos possam crescer, se reproduzir e repovoar tanto o Arquipélago das Três Ilhas quanto as ilhas e os demais habitats do entorno. “Isso garante a conservação das espécies e a sustentabilidade da pesca artesanal local e das atividades de turismo ecológico sustentável, cujo principal ativo é a diversidade biológica e a beleza cênica do local”, afirmou Sandra Ribeiro. 

Para mais informações sobre o zoneamento ambiental da APA de Setiba, clique: https://iema.es.gov.br/APA_Setiba

Saiba quais são as atividades proibidas no Arquipélago das Três Ilhas:

– Tocar e coletar organismos marinhos;

– Pesca;

– Jogar lixo;

– Cortar a vegetação;

– Som (música) tanto nas embarcações quanto nas ilhas do arquipélago;

– Acampamento: corte de vegetação para abertura de clareiras para colocar as barracas de camping. Além da destruição da vegetação nativa, as clareiras favorecem a proliferação das gramíneas exóticas invasoras e a erosão do solo, que fica exposto e é carreado para o mar, especialmente quando o terreno apresenta declividade. Nas Três Ilhas, a faixa de solo é muito fina, por isso sua perda é crítica e representa um impacto significativo para o ecossistema local;

– Falta de banheiros: as pessoas devem ter consciência da falta de banheiros nas Três Ilhas, ficando proibidas as necessidades fisiológicas na unidade de conservação, pois causa do mau cheiro e da poluição do local;

– Uso do fogo e churrasco: aumenta o risco de incêndio. No ano de 2014, perdeu-se o controle do fogo de uma churrasqueira. Devido às rajadas de vento, toda vegetação da Ilha do Cambaião foi queimada. Com a queima da vegetação nativa, houve grande proliferação das espécies exóticas invasoras (gramineias e piteiras);

– Restos de comida: descarte de resto de carnes e demais alimentos atrai grande quantidade de urubus, que podem estar competindo por espaço (para ninhos) com as espécies nativas;

– Pesca: a captura de grande quantidade de peixes recifais, na maioria das vezes juvenis, já que a área é um berçário, provoca redução da população e contribui para o declínio populacional de muitas espécies.

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